Ouro em pó
Lembro teu corpo deitado nu,
Olhos fechados dorso cru.
Pele morena resplandecendo,
intensamente ao luar.
Lembrança é coisa tão tenra
Enche a alma e a esquenta.
Fleche do passado, lembrança
é quadro que jaz enterrado.
Lições, criações do imaginário,
voam pelos ares, campos e campinas,
morros e colinas, planaltos centrais.
Triste é não ter história, ruim é
não ter memória. Mesmo inventadas,
histórias contadas são ouro em pó.
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