Meus Lapsos II

Um dia fiquei velho

Vendo no espelho

um senhor desconhecido.

Parcos cabelos brancos,

pelos que, guerreiros

de batalhas perdidas,

restavam na cabeça.

Nos olhos havia cansaço.

Porém, ainda brilhavam vivos,

sonhos neles refletidos.

As dores de passado longínquo,

que de tão ido já não doem.

As cousas e amores presentes

reluzentes nos lumes da alma.

Refletem nestas lamparinas,

faróis de um coração nobre.

Buscando tal qual fosse jovem,

entre pernas amadas,

realizar seus desejos.

Plantar sua semente de gente.

Entregar se de corpo e mente.


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